Templo Arajã do Amanhecer

As Técnicas Empregadas no Vale

Aula 2 

AS TÉCNICAS EMPREGADAS NO VALE

Todos os trabalhos do Vale são feitos com base na técnica de manipulação de energias. A força que permite controlar as energias de origens e teores diversos é a mediunidade.

A força mediúnica é alimentada pela energia animal, produzida no organismo, chamada ectoplasma, fluido ou magnético animal. Trata-se de uma energia sutil que todos os organismos da Terra produzem. Mas que no ser humano atinge teor diferente, quantidade elevada e cuja propriedade fundamental é a de colocar em contato dois planos vibracionais diferentes–duas dimensões. 

Portanto, o ectoplasma é o responsável pelos contatos entre o mundo sensorial e palpável e outros planos da vida normalmente imperceptíveis aos sentidos. Por tratar-se de uma energia produzida à revelia da vontade, os efeitos que ela produz nos atos humanos independem da crença, religião ou posicionamento no meio social. O desconhecimento desse fato simples e biológico, ou a sua conceituação inadequada, está na raiz da maioria das dificuldades humanas. Sendo a maior fonte de dor, qualquer que seja sua natureza. 

O médium é uma pessoa que admite e conhece essa energia pela experiência, e procura se habilitar para controlar conscientemente. Com isso ele aprende que o homem alivia em muito o seu sofrimento quando conhece suas forças. 

Na primeira fase o novato desenvolve sua mediunidade para obter seu equilíbrio pessoal, para se colocar numa posição de harmonia com o mundo que o cerca. Uma vez conseguido isso, ele é credenciado para o atendimento, o qual, na verdade, é apenas uma continuação do seu desenvolvimento. Quanto mais o médium trabalha, mais ele aprende e melhor fica conhecendo como usar suas energias. O progresso constante traz sua realização pessoal. 

Consideradas apenas pelo aspecto psicofísico, as energias são chamadas de cristãs ou forças da terra. O conhecimento desse fato remonta a mais longínqua antiguidade, e é simbolizado pela figura de um felino como, por exemplo, a figura que existe bem no centro da travessa superior da misteriosa Porta do Sol, nos altiplanos dos Andes. Essa figura do Jaguar é a mesma adotada pelo Vale do Amanhecer, cujos médiuns são chamados de Jaguares. 

Em contraposição às energias cristãs existem as energias crísticas. Ou seja, a manipulação feita com o terceiro pólo do ser humano, o espírito, e não apenas com as forças psicofísicas. No conjunto, as energias crísticas e as energias cristãs formam múltiplos de 7, sendo chamadas de positivas ou negativas; porém essas classificações não se referem à idéia de bem ou mal.

Negativas são as energias que, a partir da superfície, atuam como fio terra. Positivas são aquelas que partem dos planos vibracionais mais sutis. O ser humano equilibrado é aquele que mantém a proporção certa de energias negativas e positivas. Enquanto o espírito ainda está na Terra, ele é um espírito encarnado, um homem comum. Ele tem 3 forças positivas e 4 negativas. Isso quer dizer que sua tônica está na vida da Terra, no plano da economia planetária. Se ele inverter essa posição, sublimar uma delas, ele passa a ser um ser humano desligado, desequilibrado em relação às leis do mundo. Esse conhecimento técnico é que permite aos médiuns a capacidade de curar, isto é, de equilibrar ou reequilibrar a pessoa, de acordo com os planos da natureza dessa mesma pessoa. 

A FILOSOFIA BÁSICA DO VALE: VOCÊ 

A idéia mais simples e mais de acordo com a realidade que se pode ter do Vale do Amanhecer é que se trata de um grupo humano de pessoas comuns. As quais, à mercê de suas dores e da busca de um lenitivo para elas, decidiram trabalhar para si e para seu próximo, baseadas nas exortações do Mestre Jesus. Essas exortações são resumidas numa série de conceitos sob o título de Doutrina do Amanhecer, que é também chamada de O Evangelho do Amanhecer. Para que não haja a mínima dúvida quanto a essa Doutrina, os ensinamentos do Mestre são colocados de forma acessível a qualquer pessoa, independente de cultura intelectual ou escolaridade. 

A Doutrina do Amanhecer se resume em três proposições básicas de Jesus: O Amor, a Tolerância e A Humildade. Com base nelas, é possível a qualquer ser humano reformular sua existência, adquirir uma visão mais ampla da vida e equacionar seus problemas desta Terra. Alicerçada neste triângulo, a Escola do Caminho do Mestre Jesus permite compreender e analisar tudo que se passa em nosso mundo e abrir caminho para as soluções da vida. A primeira resultante dessa filosofia básica é que a verdade só é percebida individualmente por cada pessoa. Logo o mundo não é como é, mas sim como cada pessoa o vê. 

Essa posição é diametralmente oposta aos conceitos vigentes nas bases da fase atual de nossa civilização, cuja posição é de que o mundo é como é, e não como nós o vemos. Por essas duas maneiras de ver, pode-se conceituar as coisa e as pessoas. No primeiro caso, o mundo e o universo estão de acordo com o dimensionamento da consciência do observador, e ele está em paz com o que o cerca. No segundo caso, o homem vive em angústia porque não tem certeza de nada que o cerca. Nesse caso ele vive em desacordo com a realidade porque supõe que o mundo é algo diferente daquilo que registra. 

Nessa posição o homem é inteiramente dependente do que lhe é dito e ensinado. Logo ele não tem individualidade e é apenas uma parte do coletivo. Na sua mente predomina a personalidade padronizada. Para que essa posição crística possa ser entendida, sem restar margem a dúvidas, o Vale ensina que o ser humano, o homem, toma suas decisões com base nos estímulos que partem de três diferentes fontes, existentes em si mesmo: a física, a psicológica e a espiritual. 

Resumindo: o homem é composto de corpo, alma e espírito, separando objetivamente a idéia de alma (psiquê) da idéia de espírito. Tais conceitos podem ser encontrados mais detalhados nos livros publicados sob a responsabilidade da Ordem Espiritualista Cristã, entidade jurídica que rege o Vale do Amanhecer, particularmente “No Limiar do Terceiro Milênio” e “Instruções Práticas para os Médiuns”, sendo este último publicado em fascículos. 

A MISSÃO DO VALE 

O Vale do Amanhecer tem um programa de trabalho no qual podem ser distinguidos dois aspectos fundamentais: o atendimento direto, físico, pessoal e, por outro lado, a influência indireta, à distância. No primeiro caso, estão os Templos físicos que além do Vale do Amanhecer – Templo Mãe em Brasília – já existem em vários Estados do Brasil perfazendo, até 2000, 400 Templos. No segundo caso, no que pode ser chamado de atendimento indireto, está o acervo de quase três décadas de contínuo atendimento, com milhares de pessoas que equilibraram suas vidas nos Templos do Amanhecer, e de obras publicadas. Essas pessoas e os livros vão levando uma mensagem de esperança e ajudando na formação de ideias e perspectivas do ser humano mais coerentes com a realidade, que explicam o homem para si mesmo, lhe despertando o interesse pela vida e não pela morte. A Doutrina do Amanhecer não trabalha somente para ajudar a pessoa após a morte; ela trabalha para ajudá-lo a viver a vida. 

Com esse propósito, e com base no preceito de Jesus do não julgamento, o Vale não preconiza forma alguma de comportamento mas aceita a pessoa como ela é, sem discriminação. Quanto pior for a situação do paciente, tanto em relação a si mesmo como ao meio em que vive, maior será a sua necessidade de ser recebido com amor e tolerância. Só essa aceitação, sem julgamento, sem críticas e sem recriminações é que pode permitir o reequilíbrio do homem. 

Só o amor pode despertar a capacidade de amar e só a tolerância irrestrita abre a oportunidade de um ser humano se encontrar. Para que o amor e a tolerância sejam possíveis concretamente, é necessário haver humildade, sem, naturalmente, confundir humildade com humilhação. Por isso o Vale é simples nas suas pretensões, sem querer reformar o mundo ou achando-se o dono da verdade. Para que essa posição possa ser autêntica, emprega-se uma forma hábil de trabalho: ali só existem duas qualidades de gente – clientes e médiuns. O Vale nada tem a ver com as pessoas fora do recinto, sejam elas médiuns ou clientes. Porém, uma vez adentradas, as pessoas são convidadas a tomar uma ou outra posição. Se ela é médium da Corrente, ela fica orientada a seguir os rituais e atender a quem quer que seja, nada podendo aceitar em troca. Se ela é cliente, tem o direito de ser atendida e nada fica a dever, nem sequer a obrigação de ser adepta da Doutrina. 

Salve Deus! Que Jesus nos ilumine! Boa sorte!